Cursista: Andréia Saiter
Unidade: 03
Atividade: 3.5
Turma: 01
Formadora: Maria da Penha
Giovanéli
CONCEITUANDO CURRÍCULO
Sabe-se que o currículo necessita
ser no cotidiano escolar, o espaço de concretização do processo educacional,
pois é por meio dele que os pedagogos fazem diagnósticos que necessitariam
desdobrar-se no cotidiano educacional e nas salas de aula, sendo que, por meio
dele também busca-se alcançar as metas debatidas e determinadas para o afazeres
pedagógico.
O
pensamento curricular no Brasil
n As
primeiras preocupações com o currículo, no Brasil, datam dos anos 20. Desde
então, até a década de 1980, o campo foi marcado pela transferência
instrumental de teorizações americanas.
n Na dec.
de 80 com o fim da guerra fria a hegemonia do referencial funcionalista norte
americano foi abalada. Ganha força as vertentes marxistas (pedagogia histórica
critica e pedagogia do oprimido).
n A
teorização norte americana também sofre modificações com a introdução dos
pensamentos da Nova Sociologia da Educação (Michael Apple e Henry Giroux)
n No
inicio dos anos 1990, o campo do currículo vivia essas múltiplas influências.
Há uma substituição da matriz psicológica pela sociológica. O currículo passa a
ser pensado como espaço de relações de poder. O currículo é compreendido como
artefato político sobretudo a partir das
leituras/influências de autores como Paulo Freire (no Brasil) e Giroux, Apple,
Young (no campo do currículo) e Marx, Gramsci, Bourdieu, Lefebvre, Habermas e
Bachelard (no campo da política)
n No
inicio da dec. de 90 os trabalhos do GT de currículo da ANPEd centralizaram as
discussões em torno das tendências nos estudos sobre currículo, dentre os focos
de análises estavam: relações entre conhecimento cientifico, conhecimento
escolar, saber popular e senso comum; a necessidade de superar as dicotomias
entre conteúdos, métodos e relações especificas da escola, dentre outros.
n No fim
da primeira metade da década de 90 o enfoque diferencia-se na tentativa de
compreender a sociedade pós - industrial como produtora de bens simbólicos,
nesse sentido começa-se a incorporar os enfoques pós-estruturalistas e
pós-modernos as teorizações sobre o currículo a partir do pensamento de autores
como; Foucault, Derrida, Deleuze, Guattari, e Morin.
n A
segunda metade da dec de 90 tem como marca característica o hibridismo como
resultado da confluência de diferentes perspectivas de analise no campo do
currículo - vertentes funcionalistas "psicologizantes" + teorização
critica marxista + perspectivas pós.
Currículo e
escola
A
liberdade dos estabelecimentos de ensino possibilitar a definição dos conteúdos
de conhecimento em acordo à base nacional comum do currículo está estabelecida
no Artigo 26 da LDB – Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº
9.394, 20 de dezembro de 1996. Pois a mesma destaca que:
“Os currículos do ensino fundamental e médio
devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de
ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas
características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da
clientela”.
Sendo
assim, é de fundamental importância ressaltar que todos envolvidos no processo
busquem salientar novas possibilidades de currículo, sempre deixando-se
questionar: o que é currículo? Para que serve o currículo? A quem se destina o
currículo? Como se constrói o currículo? Como se implementa o currículo?
Levando-se
em consideração as infinidades de contexto ambiental escolar ressalta-se que o
processo educativo escolares são complexo e arraigado de marcantes práticas
pedagógicas e sociais, que corroboram com a interação dialógica da escola X
vida, sem deixar de destacar o considerável acréscimo humano, o conhecimento e
a cultura. Pois não tem como alavancar o currículo, sem posicionar-se os
mesmos.
Partindo desses pressupostos, convoca-se:
gestores, professores, demais profissionais da área da educação para debater
constantemente currículo nos aspectos da escola inclusiva, da valorização dos
sujeitos educativo/processo, da cultura, do conhecimento formal, da avaliação
inclusiva.
Somente
assim, pode-se deparar-se com alguma concepção de currículo.
Reflexões
sobre currículo
O
currículo está enraizado no PPP – Projeto Político-Pedagógico, nas propostas educacionais
de ensino, nas pesquisas, nas teorias didáticas pedagógicas e nas formações dos
docentes – inicial e permanente.
REFERENCIAL
TEÓRICO
LDB –
Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394, 20 de dezembro de
1996
MOREIRA,
Antônio Flávio Barbosa. Indagações sobre
currículo: Currículo, Conhecimento e Cultura. Organização do documento
Jeanete Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. –
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.